quarta-feira, 5 de junho de 2013

Depoimento sobre experiência com leitura

Sempre fui muito curiosa e, antes mesmo de ser alfabetizada, adorava pegar aqueles livrinhos compostos apenas com linguagem não-verbal e me divertia muito imaginado a fala das personagens. Meu gosto pela leitura foi definitivamente despertado quando estava na 4ª série e, então, descobri a já mencionada e deliciosa coleção vaga-lume, iniciei com Spharion e supunha que apenas os livros dessa coleção seriam dignos de leitura e, assim, passei o ano todo mergulhada n’ O caso da borboleta Atíria, n’A ilha perdida, n’O mistério do cinco estrelas, n’O escaravelho do diabo, n’O rapto do garoto de ouro, entre tantos outros. A partir de então, vi que estar mergulhada nesse mundo era estar em tantos outros mundos e nunca mais saí dali; nas séries seguintes, meu interesse por romances policiais despertou e, desse modo, Hercule Poirot e Sherlock Holmes eram mais que reais para mim até eu descobrir O xangô de Baker Street e assim, com minhas próprias mãos, matar esse último detetive não tão bom na ciência da dedução. Depois desses, vieram os contos de terror, suspense, fantásticos e de mistério de Poe, Maupassant, Machado de Assis, Kafka, Cortázar,  pelos quais sou apaixonada até hoje e, talvez bem tardiamente, a poesia de Drummond, Pessoa, Álvares de Azevedo e de muitos outros autores regionais não tão conhecidos do grande público. Enfim, estar em meio a livros, quer sejam os meus, quer sejam os de uma biblioteca pública ou de um sebo, é um convite que não se nega a uma viagem na qual jamais retornaremos com os mesmos pontos de vistas, ideias ou conjecturas sobre nós mesmos, o outro e o mundo. Não é? 

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