segunda-feira, 17 de junho de 2013

Plano de aula IV "Avestruz"

Elaborado por: Ângela Modesto Guedes Ferreira

É importante ressaltar antes da sugestão desta situação de aprendizagem que toda leitura envolve um modelo de compreensão leitora. Portanto, ler é compreender e assimilar o assunto lido, em um processo de interação com o texto, que implica pôr em prática os conhecimentos adquiridos em novas situações.

  • Sobre qual assunto o texto vai tratar?
  • Você conhece uma avestruz?
  • Você já leu algum texto de Mário Prata?
  • O que você sabe sobre o gênero crônica?


Situação de aprendizagem – 6ºano – EF

 Texto: Avestruz, de Mário Prata
- Levantamento de conhecimentos prévios

  Durante a leitura
- Estimular a compreensão global do texto em contexto de leitura autônoma (silenciosa) ou compartilhada;
- Identificação de palavras-chave;

 Depois da leitura
-  Apreciar os recursos expressivos selecionados pelo autor;
-  Identificar e refletir sobre a posição do autor , ou seja, sua visão de mundo ante o tema abordado;
- Observar as especificidades do gênero crônica;
- Estabelecer relação intertextual com outros textos em diferentes mídias (música, vídeo, imagens);

 Referências Bibliográficas
KLEIMAN, A. Texto e Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 1988.
 PRATA, Mário. Avestruz. 5 série/ 6 ano- vol. 2 Caderno do aluno (p.9) e Caderno do Professor p.18.
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
 SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado das Letras, 2004..

Plano de Aula III "Meu primeiro beijo"

MEU PRIMEIRO BEIJO

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era “o beijo”. Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto. E morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim... 
Não sei se numa aula de biologia ou de química, o Culta tinha me mandado um dos seus bilhares de bilhetinhos. Alguns enigmáticos, com palavras recortadas de jornais e revistas. Outros, com palavras de sílabas entrecortadas e espalhadas pelo papel, como num poema modernista. Num deles deu pra ler isso: “Berenice, você é a glicose do meu metabolismo.Te amo muito!” 
E assinou com uma letrinha miúda: paracelso.  
Paracelso era o outro apelido dele. Fez uma letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele. Mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
– Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia, Bê? – Fiz cara de desentendida. Mas ele continuou:
– Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. 
– Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos, agora me chamando de Beré: 
– Beré, sabia que na saliva de um beijo a gente também gasta nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânicas; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...?
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu. E, tremendo, tirou seus óculos. Tirou os meus. E ficamos nos olhando de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. 
Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força. E então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
De repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa. E nos beijamos de novo no portão do prédio. Aí ficamos apaixonados por várias semanas. 
Até que o mundo rolou. As luas vieram e voltaram. O tempo se esqueceu do tempo. As contas do telefone aumentaram, depois diminuíram... E foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
                          Antonio Barreto

Antes da leitura do texto de Antonio Barreto,veja o clip da música “Já sei namorar” do grupo  Tribalistas.




Roda de conversa:
Você já conhecia a musica?
O grupo?
 Qual o assunto?
(o professor deve fazer uma ponte entre a musica o tema “O meu primeiro Beijo”)

 Leitura do texto de Antonio Barreto

 1-A partir do texto titulo “Meu primeiro Beijo”, o que você espera encontrar?

 2- Releia o texto e procure pistas que o ajudem a responder as questões abaixo.
a) O que faz o menino ser chamado de “Cultura Inútil” e “Culta” “Paracelso”?
b) Quanto tempo se passou entre o recebimento do bilhete e o primeiro beijo?

3.Como você pode constatar, no primeiro parágrafo, a narradora muda de opinião a respeito da experiência do primeiro beijo.
a) Qual é o primeiro julgamento que ela faz? Leia no texto um trecho que ilustre sua resposta.
b) E o segundo julgamento? Leia no texto também com um trecho do texto.

4- Aponte mudanças que ocorreram com a narradora-personagem em relação ao menino.

5- Que estratégia o menino usou para que a menina mudasse seu comportamento em relação a ele?

6- Releia “(...) tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo.”  A expressão em negrito contém uma figura de linguagem.
 a) Que figura é essa?
b) A que se refere essa figura?

7- O que o trecho “(...) as contas do telefone aumentaram, depois diminuíram...” quer dizer?

8- No texto, não fica claro qual o desfecho da narrativa. A seu ver, como terminou essa história?

9-De acordo como o que você leu no ultimo parágrafo, qual o tempo de duração do relacionamento dos dois?

10-Em grupo, façam uma discussão sobre as iniciativas dos relacionamentos atuais.São em sua maioria dos meninos ou das meninas?

Referências Bibliográficas:   

ROJO, Rexane.Letramento e capacidades leituras para a cidadania. Leitura e escrita em contexto digital – Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade – 2012.
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
SCLIAR, Moacyr. Pausa. In: BOSI. Alfredo (org.) Conto Brasileiro Contemporâneo. São Paulo: Cultrix, s/d. p.275-277.21.

Plano de Aula II "Pausa"

Elaborado por: Alyne Dayana C. Mascareli




Texto: "Pausa"

Autor: Moacyr Scliar 

 


Antes da leitura

1. Qual o significado “pausa”? (levantamento do conhecimento de pausa)

2. Quais as situações que podem existir pausa? (pausa de partitura musical, pausa de musica, pausa na vida, pausa no trabalho, etc)
3. Contextualização do autor.                







a) Quem escreveu?
b) Onde foi divulgada?

Moacyr Scliar nascido em 1937 em Porto Alegre…













Durante a leitura

4. Leitura realizada pelo professor.

5. Leitura em duplas (verificando vocabulário desconhecido com auxilio do dicionário).

6. Compreensão da leitura do texto.


Após a leitura

7. O sentido da pausa, levantado anteriormente se confirmou?8.Quais as pistas que o texto apresenta que nos leva a imaginar o que irá acontecer?
9. Síntese do texto (no quadro realizada com as impressões dos alunos)

10. Leia a letra da canção “Paciência ” do Lenine(e se possível a ouça com atenção) e responda:

Paciência - Lenine
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...


a) Qual o assunto principal da música ?
b) O sentido de pausa na música é o mesmo que na crônica?
c) Como é tratada a “pausa” na música?

11. Assista ao vídeo “Momentos” e responda:
a) Qual o enredo do vídeo?
b) O sentido de pausa no vídeo é o mesmo que na crônica?
c) Como é tratada a “pausa” no vídeo?

12. Quais as semelhantes e diferentes tipos de pausa encontradas na crônica, na música e no vídeo?


Referências Bibliográficas:
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
 SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado das Letras, 2004..
 

Plano de aula I - "Avestruz"

Elaborado por: Andressa Magi

Texto : “Avestruz”
 Antes da leitura:
  1. O que se espera de um texto cujo título é “Avestruz”?
  2. Você já viu um avestruz?
  3. Você conhece a expressão “ fulano tem estômago de avestruz”?
  4. Você tem animal de estimação? Que animal? Como ganhou?
  5. Contextualização do autor:
    Quem escreveu? Onde foi divulgada? Para quem? Qual intenção? 
 Durante a leitura
* Leitura oral e compartilhada, dando ênfase a pontuação, entonação.
* Houve confirmação de suas expectativas após a leitura?
 Após a leitura
1. Grifar palavras desconhecidas e pesquisar no dicionário.
2.Você gostaria de ter um avestruz como animal de estimação? Por quê?
3. Por que o garoto desistiu de ter um avestruz e se interessou por gaivotas e urubus? Você também teria essa atitude?
4. Retirem do texto as seguintes informações:
  • Nome científico
  • Peso
  • Altura
  • Filhotes
  • Expectativa de vida
5. Leia o poema:
 O galo cantou
A ovelha despertou
E estava com fome!
O avestruz esperto
Papou tudo que
havia por perto.
Comeu melancia
Feijão e ervilha
Tomate, capim
E a boneca da menina.
O galo brigou
A menina chorou
O avestruz esperto,
Da confusão escapou.
 Autor Desconhecido
 6. Assista ao vídeo : Turma do Pica Pau – “O ovo do Avestruz”
7. Quais as semelhanças e diferenças encontradas na crônica, poema e vídeo?
8. Agora reflita: Levando em conta a leitura e análise do texto "Avestruz" e as explicações do professor, quais são as características do gênero textual crônica? 
PRATA, Mário. Avestruz. 5 série/ 6 ano- vol. 2 Caderno do aluno (p.9) e Caderno do Professor (p.18).
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

terça-feira, 11 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Depoimento de experiência com leitura IV

“A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”. Esta concepção de leitura de Paulo Freire resume o que penso sobre esse assunto, por isso resolvi iniciar meu depoimento com esta citação. Gosto muito de ler e de compartilhar com meus alunos, as leituras que faço. Minha infância foi fortemente marcada pela leitura dos contos dos Irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e de Monteiro Lobato. Na adolescência, li alguns livros da coleção Vagalume, mas, confesso, que distanciei-me um pouco da leitura de livros, gostava mesmo era de ouvir músicas, sobretudo de grupos de rock nacional, Titãs e Legião Urbana eram meus favoritos. Coincidentemente, neste período, começaram a surgir as leituras obrigatórias na escola, acredito que isto contribuiu para que eu me afastasse dos livros. Afinal, para mim, a leitura sempre esteve ligada ao prazer e a uma necessidade individual, não a uma obrigação. Com o passar do tempo, redescobri o prazer da leitura lendo e relendo os clássicos da literatura brasileira, bem como da literatura universal. Como afirmei no início do meu depoimento, gosto de compartilhar as leituras que faço, por isso recomendo a leitura de uma carta que o escritor Caio Fernando Abreu escreveu ao amigo José Márcio Penido, na qual relata como foi o processo de criação do conto Morangos Mofados, que dá título ao livro de mesmo nome. Nesta carta, o autor relata como as leituras que realizou foram importantes na sua constituição de escritor. Vale a pena conferir, strawberry fields forever.


Ângela Modesto Guedes Ferreira






(retirado do AVA - publicado 01/06/2013 19:34)

Depoimento de experiência com leitura III


Desde sempre tive contato com livros, um bom exemplo era a minha mãe, devorava livros. Lembro que na minha casa havia uma estante enorme cheia de livros e mamãe tinha o orgulho de dizer “li todos”. Papai sempre chegava em casa, depois do trabalho, com um gibi novo para lermos, éramos em cinco irmãos, uma briga para ver que iria ler primeiro.
Quando minha filha era menor, eu sentava na cama dela, antes de dormir, e lia uma fábula de uma coleção que tínhamos em casa e assim eram todas as noites, ela adorava. Hoje ela é uma leitora assídua.
Em relação à escrita, sempre tive o hábito de escrever, quando pequena tive diário, escrevia todos os dias, eu tinha também um caderno onde eu escrevia meus poemas e frases românticas, morria de medo de alguém encontrá-lo, então eu escondia. Sem falar nas cartas, meu pai era gerente de banco por isso mudávamos muito de cidade, sempre deixávamos uma amizade para traz, o jeito na época eram as cartas, era a maior felicidade do mundo receber uma correspondência, para responder eu caprichava na letra e nos detalhes da conversa. Se hoje adoro ler e escrever, devo aos meus pais, pelo incentivo que tive dentro de casa.

ADRIANA PALMIERI DE SOUZA

(retirado do AVA- publicado 30/5/2013 12:10)

Um pouco sobre nós...

Sou Andressa, professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa há 5 anos. Apesar do pouco tempo em sala de aula, já carrego inúmeras experiências que me fizeram compreender o quão desafiadora e encantadora é essa profissão. Sou apaixonada pelo que faço e acredito muitíssimo nas oportunas e sábias palavras de Mandela que "a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."






Olá, Meu nome é Adriana, tenho 34 anos, casada, uma filha. Sou professora na escola EE Lourdes Pereira, em Assis.

ADRIANA PALMIERI DE SOUZA






Sou professora de português na escola estadual Carolina Francini Burali em Assis e professora auxiliar de português  na escola estadual José Augusto de Carvalho em Candido Mota. 
ALYNE DAYANA DA COSTA MASCARELI




Sou professora de Língua Portuguesa na E.E. Vila do Lago, na cidade de Tarumã. Desejo a todos um ótimo curso.

ÂNGELA MODESTO GUEDES FERREIRA






quarta-feira, 5 de junho de 2013

Depoimento de experiência com leitura II



A mágica começa na nossa imaginação, minha leitura começou cedo, me lembro com carinho de meus pais lendo antes de eu dormir quando eu era bem pequena e ainda não conseguia entender o que o mundo das letras diziam, amando as ilustrações mas as da minha imaginação eram sempre as melhores (é o que minha mãe conta que eu dizia.).
  
Porem, quando eu estava com 7 anos, meu pai ganhou uma coleção de livros de uma professora da Unesp, ela iria se mudar da cidade e disse que era um presente caso um de seus filhos gostassem de ler. Eram várias caixas, como a maioria da crianças, eu adorava explorar e queria ajudar meu pai arrumando e tirando os livros, mas minha mãe dizia que eram livros muito grandes e difíceis para uma criança como eu que acabara de aprender a ler. 


Então escondida comecei a vasculhar e encontrei um livro que não era grande nem difícil e até tinha ilustrações. Me apaixonei e comecei ler escondida, deixava o livro embaixo do travesseiro, para que minha mãe não desconfiasse. E lia 2 ou 3 folha por dia, para que não acabasse, até que um dia conversando com minha mãe falei algo sobre peixes e se alguém matasse eles, ela estranhou e me perguntou da onde eu tinha tirado isso, e contei para ela que eu tinha conhecido essa história porque a Clarice Lispector me contou. (eu acreditava fielmente que aquilo era real, e só falava o nome dela pela metade porque era estranho alguém ter esse sobrenome) Mas foi a partir desse livro " A mulher que matou os peixes" que minha paixão por essa mágica que se chama literatura começou. 



Para quem quiser conhecer o livro: A mulher que matou os peixes

Bom essa foi minha história com a literatura....e a sua?
Até mais ^^

O homem que lê

Eu lia há muito. Desde que esta tarde 
com o seu ruído de chuva chegou às janelas. 
Abstraí-me do vento lá fora: 
o meu livro era difícil. 
Olhei as suas páginas como rostos 
que se ensombram pela profunda reflexão 
e em redor da minha leitura parava o tempo. — 
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz 
e em vez da tímida confusão de palavras 
estava: tarde, tarde... em todas elas. 
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já 
as longas linhas, e as palavras rolam 
dos seus fios, para onde elas querem. 
Então sei: sobre os jardins 
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus; 
o sol deve ter surgido de novo. — 
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança: 
o que está disperso ordena-se em poucos grupos, 
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas 
e estranhamente longe, como se significasse algo mais, 
ouve-se o pouco que ainda acontece. 

E quando agora levantar os olhos deste livro, 
nada será estranho, tudo grande. 
Aí fora existe o que vivo dentro de mim 
e aqui e mais além nada tem fronteiras; 
apenas me entreteço mais ainda com ele 
quando o meu olhar se adapta às coisas 
e à grave simplicidade das multidões, — 
então a terra cresce acima de si mesma. 
E parece que abarca todo o céu: 
a primeira estrela é como a última casa. 


Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens" 
Tradução de Maria João Costa Pereira

Depoimento sobre experiência com leitura

Sempre fui muito curiosa e, antes mesmo de ser alfabetizada, adorava pegar aqueles livrinhos compostos apenas com linguagem não-verbal e me divertia muito imaginado a fala das personagens. Meu gosto pela leitura foi definitivamente despertado quando estava na 4ª série e, então, descobri a já mencionada e deliciosa coleção vaga-lume, iniciei com Spharion e supunha que apenas os livros dessa coleção seriam dignos de leitura e, assim, passei o ano todo mergulhada n’ O caso da borboleta Atíria, n’A ilha perdida, n’O mistério do cinco estrelas, n’O escaravelho do diabo, n’O rapto do garoto de ouro, entre tantos outros. A partir de então, vi que estar mergulhada nesse mundo era estar em tantos outros mundos e nunca mais saí dali; nas séries seguintes, meu interesse por romances policiais despertou e, desse modo, Hercule Poirot e Sherlock Holmes eram mais que reais para mim até eu descobrir O xangô de Baker Street e assim, com minhas próprias mãos, matar esse último detetive não tão bom na ciência da dedução. Depois desses, vieram os contos de terror, suspense, fantásticos e de mistério de Poe, Maupassant, Machado de Assis, Kafka, Cortázar,  pelos quais sou apaixonada até hoje e, talvez bem tardiamente, a poesia de Drummond, Pessoa, Álvares de Azevedo e de muitos outros autores regionais não tão conhecidos do grande público. Enfim, estar em meio a livros, quer sejam os meus, quer sejam os de uma biblioteca pública ou de um sebo, é um convite que não se nega a uma viagem na qual jamais retornaremos com os mesmos pontos de vistas, ideias ou conjecturas sobre nós mesmos, o outro e o mundo. Não é? 

A maior FLOR do mundo


Uma linda adaptação do livro A Maior Flor do Mundo de José saramago - Literatura Infantil




Para quem quiser baixar o livro clique aqui:  a maior flor do mundo.pdf



terça-feira, 4 de junho de 2013

Pensamentos

A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê de mais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.
Albert Einstein